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“Falta de paixão” nunca é motivo para divórcio, defende John Piper

O conhecido pastor John Piper está chamando atenção por suas declarações sobre um tema que, de certa forma, caiu em “desuso” no contexto atual: divórcio ser pecado. Em um podcast recente afirmou que “falta de paixão” não é desculpa para o divórcio e lembrou aos seus ouvintes o que o casamento realmente significa.

Piper fez seus comentários enquanto respondia a um ouvinte que questionava sobre os motivos “aceitáveis” para o divórcio. O homem explicou ao pastor que seu filho “não está mais apaixonado” por sua esposa e é infeliz. Eles estão casados a apenas dois anos e já consideram a possibilidade de divórcio.

Porém, Piper fez uma longa análise sobre como não havia “motivo moral” para um divórcio. “Seríamos ingênuos em supor que as pessoas, jovens ou velhas, agirão com base na razão e na verdade bíblica quando se trata de justificar o divórcio”, disse o teólogo batista. “Acho que em uns 95% dos casos as pessoas fazem o que querem fazer e depois encontram os motivos para explicar. Aqueles que afirmam acreditar na Bíblia também encontram razões bíblicas para fazê-lo”.

Para o pastor, os cristãos deveriam orar pelas pessoas que se encontram nesse tipo de situação. Em linhas gerais, ele defendeu a necessidade de se encontrar o equilíbrio entre a verdade e o amor quando se fala com amigos e entes queridos que estão pensando em divórcio. “Acredito totalmente que precisamos falar a verdade pois este é o caminho de Deus. É o plano de Deus que as pessoas conheçam a verdade e a verdade os liberte. Isso nos ajuda a vivermos livres da prática do pecado, que inclui o divórcio”, defendeu.

Ele disse que o casamento se resume a três palavras-chave: alegria, significado e propriedade. “Os casais deveriam fazer com que essas três palavras fossem tão convincentes e significativas quanto possível, ao mesmo tempo que seguem o que Jesus e os apóstolos disseram sobre o casamento”, asseverou.

Segundo Piper, aqueles que estão casados há décadas certamente já se apaixonaram e ‘perderam a paixão’ mutuamente várias vezes ao longo de sua união. Acredita ser “ridículo” a percepção que os casais permanecem “apaixonados” do mesmo modo ao longo de 50 anos de casamento ou mais, e que é imaturidade achar que o casamento é “um estado de amor perpétuo”.

Finalizou dizendo que o casamento é, antes de tudo, a disposição de se manter as promessas e uma aliança diante de Deus. Lamentou que o egoísmo típico da vida moderna influenciou toda essa geração, resultando no fim de vários casamentos.

“No relacionamento entre dois pecadores, que se dispõem a viver juntos, é ingenuidade pensar que cada ano será cheio de calor humano, doçura, romance e apetite sexual”, resumiu.

“Isso contraria quase toda a história do mundo e revela nossa natureza humana caída”. Com informações de Faith Wire

Fonte: GospelPrime

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