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Haddad não consegue atrair voto evangélico, onde 71% apoia Bolsonaro

A estratégia de Fernando Haddad (PT) para conquistar o voto evangélico, no melhor ‘morde e sopra’, mostrou-se infrutífera. No primeiro turno ele ignorou o segmento, mantendo em seu plano de governo pautas como a legalização das drogas e tendo na figura da candidata a vice, Manuela D’Ávila, uma ardente defensora do aborto “seguro, público e gratuito”.

No dia 12 de outubro, em meio a uma série de mudanças – que incluíam suprimir a associação a Lula e substituir o vermelho pelo verde e amarelo – após participar de uma missa em São Paulo, atacou Edir Macedo ao falar sobre um “fundamentalismo charlatão”. Nos dias seguintes, vários pastores saíram em solidariedade ao líder da Universal, afirmando que Haddad estava atacando a todos os evangélicos.

Após ficar insistindo na ideia falsa de que, caso eleito, Bolsonaro imporia o protestantismo como “religião oficial”, nesta quarta-feira (17), o petista fez um gesto de conciliação, apresentando uma carta compromisso, onde citou a Bíblia e rejeitou ideias historicamente defendidas pela esquerda, e negou ter ligação com controverso “kit gay”. Nada disso adiantou.

Melhor avaliação entre o segmento

A pesquisa Datafolha divulgada na quinta (18), indica que Jair Bolsonaro tem 71% da preferência desse eleitorado (nos votos válidos, que excluem indecisos, nulos e brancos). Para termos de comparação, entre os católicos apenas 54% preferem Bolsonaro.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre quais dos candidatos “mais defende a democracia”. Entre os evangélicos, 57% concordaram que seria Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, para 74% dos evangélicos, o capitão reformado é o “mais preparado para combater a violência”. Ainda segundo o Datafolha, o candidato do PSL estaria “mais apto a melhorar as áreas de educação e saúde, a diminuir o desemprego e a fazer o Brasil crescer”.

Cerca de um terço dos eleitores do país declaram ser evangélicos. O apoio maciço de pastores a Bolsonaro fez o PT atribuir a eles a “culpa” da ascensão do militar na reta final do primeiro turno.

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