A Universidade de Kent, na Inglaterra, realizou uma pesquisa com dados coletados no Brasil, que revelam que 79% dos ateus e agnósticos brasileiros cresceram em família cristã, enquanto que outros 15% disseram que tiveram uma criação não-religiosa.
Os dados da pesquisa foram publicados no documento “Understanding Unbilief”, que também apresentou informações de outros países, como China, Dinamarca, Estados Unidos, Japão e Reino Unido.
Pois bem! O que mais me impressiona nesta publicação, é o considerável número de pessoas que foram criadas em lar cristão, mas que acabaram não somente abandonando a fé, mas deixando de crer na existência de Deus.
O mesmo acontece em relação aos que “não conheceram a Deus” ou que “não nega nem afirma a Sua existência”, tornando-se agnóstico. Enquanto o ateu nega a existência de Deus, os agnósticos negam que seja possível conhecer a Deus.
Como alguém que foi criado em um lar cristão chega a este ponto? Não tenho dúvidas de que a educação cristã e o bom exemplo são fatores a serem considerados neste caso.
À medida que ideologias contrárias a cultura judaico-cristã avançam nas escolas, a doutrinação ideológica é adotada pela chamada “cultura pop” e o ensino religioso é negligenciado, os jovens se tornam suscetíveis a abandonarem a fé.
Soma-se a isso o fato de haver um ativismo agressivo contra a religião, com militantes vilipendiando objetos de culto, ridicularizando a imagem de ministros eclesiásticos, vociferando palavras de baixo calão contra as sãs doutrinas e fazendo piadas com o sagrado.
Isso acaba conduzindo uma geração para longe de Deus, intimidadas por se sentirem pressionadas a negar a fé e se afastar dos valores que a Bíblia lhes ensina.
Também temos a questão que envolve a dedicação dos pais. Muitos relativizaram ensinos importantes para o crescimento espiritual de seus filhos. Deixaram de ensinar o que a Bíblia orienta.
A Palavra de Deus diz em Provérbios 22.6: “Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele”.
Pedir discernimento a Deus sobre a maneira correta de conduzir as crianças no Seu caminho é fundamental, pois desta forma ele jamais esquecerá os ensinamentos. Temer a Deus deve ser o primeiro ensino a ser transmitido.
No entanto, ainda existe outra questão que pode prejudicar e afastar os jovens da Casa de Deus. De nada adiantará tentar ensinar uma criança se ela não tiver bons exemplos.
O teólogo alemão Albert Schweitzer, disse certa vez: “Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros – é a única”.
Você só conseguirá transmitir bons ensinamentos as próximas gerações, se aprender a ser um bom exemplo para eles. Em todas as nossas atitudes, precisamos transmitir valores bíblicos, que revelem o caráter de Cristo.
Robert Baden-Powell, um tenente-general do Exército Britânico, filho do reverendo Baden Powell, enfatizou que “não existe ensino que se compare ao exemplo”.
Concluo, portanto, afirmando que podemos combater o avanço de ideologias baseadas na negação da existência de Deus e da cultura judaico-cristã, mas precisamos investir na educação cristã e no bom exemplo.
Fonte: GospelPrime