ANÚNCIO

O segredo de um ministério pastoral de sucesso

Uma das principais características dos seres vivos, e o que os define como tal, é o crescimento, processo que acontece naturalmente. O sucesso desse resultado é o inevitável começo da vida através de uma simples célula ou minúscula semente que se multiplica formando tecidos, órgãos, sistemas até desenvolverem-se num organismo biologicamente complexo.

Começar de baixo – de uma simples célula ou semente – é uma lei natural que abrange não só o processo biológico da vida, mas também a construção civil (toda edificação começa do alicerce), o aspecto financeiro, profissional, inclusive, na área da liderança. Vendo por essa ótica, o segredo do ministério pastoral de sucesso é começar de baixo. É importante definir aqui o significado ministerial de: “começar de baixo”. Que, essencialmente, é ter contentamento na missão, instituição eclesiástica ou responsabilidade singela (à vista humana) que recebeu, sem querer ou promover situações para mudar, prematuramente, por algo “maior”. Começar de baixo é ter responsabilidade com o que recebeu, mesmo que seja “pequeno”, não relaxando na mordomia da tarefa pastoral (Jr 48.10). Começar de baixo é não negligenciar o dom que Deus deu (1Tm 4.14), achando que é insignificante, e trocar por algo que julgue ser mais importante, como fez Esaú (Hb 12.16). Começar de baixo é não se intimidar com “um” talento e fazer com que ele produza, não o permutando ou considerando pouco, sem buscar possibilidades de crescimento (Mt 25.25).

E esse sucesso, não é o fim em conquistas pessoais, cargos adquiridos, situação financeira elevada ou prestígio social. Mas, é a vitória honesta dos combates coletivos, o sentimento do dever cumprido e a eterna conservação dos valores eternos adquiridos (2Tm 4.7). Dessa forma, comparado ao aspecto biológico, pelo qual um ser vivo alcança o sucesso do desenvolvimento quando começa de baixo, na primeira fase da vida, e encerra seu ciclo pronto para dar frutos, alcançando o ápice quando reproduz. No Ministério pastoral, o sucesso se dá quando o obreiro inicia a liderança em um cenário inóspito e desenvolve-se em excelência para uma responsabilidade maior, através de um ministério eficaz e com frutos dignos de recompensas Divinas (Lc 19.17), não de elogios humanos.

As pequenas igrejas, em minha opinião, são as grandes geradoras de líderes de sucesso. São incubadoras de grandes pastores. Via de regra, pequenas empresas, lojas e negócios, qual quer que seja o ramo-atividade que exploram, são verdadeiros laboratórios para lapidação de brilhantes líderes. Peter Drucker (2012), um dos maiores pensadores da administração secular, conta que um de seus amigos tem comprado pequenas empresas de poucos recursos, formadas por gente simples e clientes que não são doutores, para instruir seus aprendizes executivos e só então ingressarem nas suas grandes corporações.

Porque só assim, diz ele, aprenderão o significado e a importância do respeito.

Os motivos pelos quais essas “pequenas igrejas” são as grandes geradores de pastores de sucesso são parecidos com a ideia de Drucker (2012). Elas têm grande carência de pessoal qualificado, poucos recursos financeiros, materiais e estruturais além de uma pequena quantidade de membros. Situações como estas podem desenvolver habilidades, caráter e maturidade ao ministro, fazendo com que evolua para uma responsabilidade maior e contribuindo para um ministério pastoral de sucesso, o qual se apresenta em:

1º) UM MINISTÉRIO ATIVO

Uma instituição pequena apresenta escassez de músicos, pessoal para o evangelismo, dirigentes e visitadores, dentre outros. Nesse cenário o pastor se vê na “obrigação” de está mais ativo nos trabalhos e desempenhar diversas funções para que a obra avance, além de valorizar a prática permanente da evangelização pessoal.

2º) UM MINISTÉRIO RELACIONAL

Os poucos membros que a instituição tem fará com que o pastor aprenda a amar, valorizar e visitar mais seus fiéis para que estes sejam mais maduros, ativos nos trabalhos e dotados de dons e talentos; assim como contribuintes regulares e compromissados com sua igreja, evitando a migração para outras instituições. Basicamente, nesse cenário aprende-se o significado real e a importância principal de um ministério pastoral de sucesso: o relacionamento fraternal.

3º)UM MINISTÉRIO SINGELO (HUMILDE) E DE APRENDIZAGEM

As “pequenas igrejas” são as grandes faculdades pastorais, laboratórios de administração eclesiástica e berçário de novos líderes. Geradoras de líderes humildes, não presunçosos e que respeitam todos os seus colegas como iguais conservos seus. Experiências como as de Moisés e Davi são exemplos de aprendizagem que começou de baixo e deu certo, diferente de Saul, do qual não se registra nenhuma experiência de liderança básica.

Moisés começou com as poucas ovelhas do rebanho familiar de seu sogro Jetro. Em um cenário desértico e com poucos recursos ao seu dispor, teve sucesso quando ouviu a voz de Deus e Dele, naquele campo escasso, recebeu, humildemente, seus primeiros treinamentos espirituais (Ex 3). Ao contrário do que, a princípio, aconteceu no Egito, onde queria orgulhosamente, iniciar a liderança como filho da filha de faraó, “do alto” como príncipe abastado e revestido de técnicas e do prestígio social egípcio (At 7.22-28).

Que o candidato ao ministério não vise começar sua carreira ministerial nas grandes catedrais, mas nas pequenas igrejas interioranas de nossa nação, que o levará um dia ao topo da liderança eclesiástica e terá o sabor das laboriosas batalhas e experiências de vitórias passadas, além do mérito divino e poderá dizer como o velho, experiente e bem sucedido ministro Paulo (2Tm 4.7): “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

Escrito por:

Entre e receba as notícias do dia

Entre e receba as notícias do dia

DEIXE SEU COMENTÁRIO

VEJA MAIS +

DESCULPE,

MAS ESSE LOTE ESTÁ ESGOTADO!