Olhe ao seu redor. Violência, fome e uma série de doenças assolam a terra. Estamos vivendo um desafio contínuo de responder com fé a uma série de questões propagadas por uma geração cética. Como ser feliz com tantas ausências e privações? Como continuar celebrando quando tudo à volta justifica a depressão?
Mentes prostradas, filhos que se perdem num mundo de drogas, sexo e música alta, pais que se desgraçam na bebida, no jogo e no adultério, mães infelizes que não sabem fazer mais nada a não ser chorar. Temos muitos desafios e alguns maiores do que nós. Se não conseguirmos transcender, permaneceremos inertes e apáticos espiritualmente.
É quando eu olho para a comunidade pentecostal e me encho de esperança na vida e no poder do Espírito Santo. Não estou falando meramente de sua teologia – pois discordo dela em alguns pontos – mas de sua “práxis”; eles chamam a tribulação pelo nome e vencem no poder do Altíssimo.
Muitos reclamam das orações em voz alta, das pregações super inflamadas e às vezes pouco contextualizadas ao texto bíblico proposto, mas o que eu vejo nos irmãos pentecostais é que eles creem demasiadamente mais do que qualquer outro evangélico no Brasil. Eles creem não somente em Deus, mas no seu poder.
Alguns precisam dar explicação para tudo. Outros querem saber de tudo primeiro para depois ver o que vai fazer. Os pentecostais não. Eles não se importam com essas coisas. Eles vão lá e batalham na força do Senhor – e vencem.
Lógico que temos imperfeições, exageros e até mesmo ensinos completamente equivocados por parte de alguns líderes. No entanto, falo de uma comunidade que ora mais, jejua mais, busca mais a Deus, encontra-O no monte, no quarto, na sala, na cozinha, na casa dos familiares, no Templo etc.
Aliás, meus irmãos pentecostais possuem uma visão maior do conceito de “ser Templo do Espírito Santo”. Eles O invocam tanto no dia da celebração quanto no dia da dor. É por isso que lidam melhor com o câncer e correm menos riscos de serem depressivos.
E é por isso também que Igrejas como a Assembleia de Deus marcaram para sempre a história desta nação, pois o trabalho de propagação do evangelho por meio deles foi em larga escala e com grande êxito na conversão de pecadores e na formação de pescadores de almas.
É evidente que para cada movimento no meio evangélico cabe-se uma crítica, mas não me darei ao expediente neste artigo. Quero aqui tão somente e com todo o carinho louvar a Deus pela vida dos meus irmãos pentecostais e dizer a você, caro leitor, que temos muito que aprender com eles.
Precisamos de mais joelho no pó, mais confiança na Palavra de Deus e mais alegria na adoração ao Senhor Jesus. Precisamos de um movimento maior na direção da visão do que é invisível, na crença do que é inacreditável e na convicção da possibilidade sobre aquilo que é impossível.
Que Deus abençoe cada irmão e irmã pentecostal e que essa amizade maior com o Espírito Santo seja compartilhada na vida dos que creem n’Ele, contudo ainda não o conhecem mais profundamente.
Autor: Maycson Rodrigues