Já foi poetizado por Renato Russo anos atrás: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. De fato existe uma necessidade eminente em todos nós de preenchermos o vazio da alma em nossas vidas. Como fomos criados como seres relacionáveis, o que houve conosco com o passar do tempo? Um sábio cabeludo certa vez enfatizou a necessidade de amar a todos como a nós mesmos. Todos nós nos esquecemos de quão próximo o próximo está, distanciando-os de nós, isolando-nos em nosso universo, grandioso do tamanho de nós mesmos.
Estamos em guerra. Uma guerra invisível contra a normalidade, a indiferença e o individualismo. Guerra essa, que precisamos transpor lutando, não com bombas, canhões e granadas, mas com abraços, afago, tempo e dedicação.
Todos estão surdos, dizia a canção de Roberto Carlos, ousaria adicionar Cegos. Cegos envoltos no seu universo, por suas necessidades e na busca implacável por realização pessoal. O mundo do amor ao próximo a cada dia mais se extinguindo, esvaindo-se por entre nossos dedos. Surdos estamos por não perceber, ouvir de forma tão ensurdecedora o silêncio de uma sociedade que grita por igualdade, amor e atenção. Aproveitemos mais a vida, gastando tempo com as pessoas, com amigos, familiares, pais, mãos, irmãos, avós, tios e tias, sentando a mesa, rindo, brincando, chorando, se alegrando.. Se existe algo que quanto mais se divide mais se multiplica, isso sem dúvida é o amor!
Reforço o dito do amigo cabeludo de séculos atrás “Amem uns aos outros”. Amando-nos podemos ver a esperança renascendo para uma humanidade que se perdeu em si mesma.
Reflitamos..
Abraços!
Fabrício Tarles.