A recente viralização da música “Evangelho de Fariseus” da cantora paraense Aymeê Rocha trouxe à tona uma realidade que muitos escolheram ignorar. A canção, que critica a hipocrisia e ostentação de alguns religiosos, menciona explicitamente a situação na Ilha do Marajó, no Pará, uma região assolada por problemas graves, incluindo a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes, além do tráfico de órgãos.
Esses problemas foram denunciados anteriormente pela ex-ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves. No entanto, muitos escolheram negar ou minimizar a gravidade da situação. Até mesmo órgãos estaduais emitiram notas negando a gravidade da situação.
Agora, com a música de Aymeê ganhando destaque, essas mesmas pessoas e entidades foram confrontadas com a dura realidade que antes escolheram ignorar, por questões políticas e eleitorais.
A negação de problemas sociais graves não contribui para a sua solução. Pelo contrário, apenas perpetua o sofrimento daqueles que são mais afetados. A situação na Ilha do Marajó é um exemplo claro disso. A negação inicial dos fatos quando a ministra Damares Alves denunciou o caso apenas serviu para atrasar ações efetivas que poderiam ter aliviado o sofrimento dos habitantes da região.
A música de Aymeê, portanto, serve como um lembrete de que a verdade sempre vem à tona, mesmo quando há aqueles que preferem ignorá-la. É nosso dever como sociedade reconhecer e enfrentar esses problemas, em vez de negá-los. Só assim poderemos esperar resolver essas questões e melhorar a vida daqueles que são mais vulneráveis.
Ouça a música que levantou a discussão e o trecho onde a cantora Aymeê denuncia a realidade de exploração de crianças na região: