E aí, tudo bem contigo? Espero que sim!
O que é a vida se não um intervalo de tempo entre o inspirar e o expirar? O que é ela se não esse tempo cronológico? Sua fragilidade nos diz que precisamos aprender a preserva-la e vive-la da melhor forma possível. A bíblia até nos cronometra esse tempo para se viver, de modo que o que passa é enfado e cansaço (Salmos 90.10)
Ontem (05/02/17) perdi um grande amigo e companheiro de caminhada, Anderson Melo, jovem, 28 anos, pai, amigo, pastor, enfim, se foi repentinamente, sem tempo de despedidas longas, abraços demorados, sorrisos ou lagrimas de adeus, simplesmente se foi. Esse momento reflexivo me faz pensar na velocidade que a vida passa. Me pergunto; será que vale a pena mesmo guardarmos tantos ressentimentos? Será que é necessário mesmo, resistirmos com nosso orgulho e ego ferido, perdoar ou pedir perdão? Hoje temos o tempo de amar, abraçar, perdoar, amanhã talvez não o tenhamos mais. A vida é curta demais para ser pequena, dizia o filosofo Benjamin Disrali. De modo que não apequenamos a vida vivendo-a sem abraços, beijos, declarações de eu te amo, sorrisos.
Em um devaneio pessoal, acredito que muitos de nós em algum momento mesmo em nossa adolescência teve o desejo de quebrar um pé, um braço para se engessar, ou quem sabe ficar internado por algo, simplesmente para receber a visita de amigos, e famílias e perceber o quanto somos queridos?! Quem nunca? Isso mostra nossa necessidade de afirmação e valorização. Karl Marx dizia que o primeiro instinto de todo ser vivo é manter-se vivo. E como podemos nos sentir vivo? Quando amamos e somos amados, quando valorizamos o outro e o respeitamos em nossas diferenças, quando superamos a nos mesmos, nosso ego e vaidade, e procuramos abreviar o tempo de decepção e frustração. Não vale a pena gastar tanta energia com esses sentimentos.
A vida é curta demais, para atribuirmos como adão o fez no éden, todas nossas mazelas e fraquezas a outro alguém. Vale a pena olharmos pra nós mesmos e dizermos que podemos ser uma versão melhorara de si. Não vale dizer que hoje somos menos intensos no espírito ou menos assíduos em nossas comunidades de fé porque alguém nos olhou atravessado ou disse algo que nos soou mal aos ouvidos. Emoções assim nos consomem e nos fazem parar a jornada.
Renato Russo em sua poesia dizia que é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Temos uma tendência de valorizar por demais o que tínhamos quando perdemos. Uma sociedade de amor póstumo. Na vida até temos certa timidez de dizer a um amigo, pai, mãe, familiar, irmão; um Eu te amo, eu te admiro, parabéns você é show de bola. O sábio Salomão dizia; “tudo quanto te vier a mão faça conforme suas forças, pois ao final da vida, na sepultura onde todos vamos, já não há mais projetos, valores.” . Que possamos nos tornar versões melhoradas de nossa própria humanidade.
Vida de modo que valerá a pena, gaste mais tempo com seus amigos, familiares, abrace mais, beije mais, diga mais “eu amo você, você é importante e especial” . Estude, trabalhe, sirva a Deus e acredito que nisso você se sentirá mais vivo e encontrará significado em sua existência.
Abraços.
Fabrício Tarles.