Em entrevista ao site UOL, ele explicou que sua saída do Partido Liberal (PL) não foi motivada diretamente pelo voto em apoio ao governo. Ele afirma que tomou a decisão de deixar a sigla em 19 de maio, devido a mudanças no regimento interno do PL, que enfraqueceram os presidentes dos diretórios estaduais. Na época, ele era o líder do partido no Pará e viu seu poder de decisão ser transferido para os deputados federais. Diante da perda do controle regional dentro do PL, ele optou por se juntar ao Podemos.
“Essa resolução, com esse tipo de procedimento, nos fez tomar a decisão de buscar outro espaço para trabalhar”, justificou ao site. “Eu não vou brigar com ninguém, os incomodados que se mudem”, completou.
No entanto, é importante ressaltar que ele votou alinhado com o governo enquanto ainda era membro do PL, indo contra a decisão da bancada. Ele somente anunciou sua saída após a sessão no Senado que analisou e aprovou a Medida Provisória dos ministérios, ocorrida em 31 de maio. A oficialização da troca de partido só foi confirmada na noite de sexta-feira, dia 2.
Vale destacar que ele foi o único membro do partido a votar a favor de Lula. No Podemos, apenas Marcos do Val, aliado de Bolsonaro, votou contra. Todos os outros senadores foram orientados a seguir o posicionamento do governo.
Com essa mudança, o Podemos passa a contar agora com cinco senadores, enquanto o PL passa a ter 11 representantes na Casa.
